Escalada em: 10 de janeiro de 2006.

Junto com: o australiano Marty Beare.

Rota percorrida: Crista Sudoeste.

Dificuldade: AD, algo difícil, 65º.

Tempo estimado: uma semana.

Época adequada: dezembro e janeiro.

Acesso: de Wanaka, de helicóptero, até o Bevan Col (1.900m).

Aproximação: do Bevan Col, duas horas de caminhada sobre o glaciar até o Refúgio Colen Todd (1.800m).

Equipamento necessário: completo de alta montanha e de escalada em gelo.

A Escalada:

O início da escalada do Aspiring começou às duas da madrugada, quando deixamos o Refúgio Colen Todd com nossas pesadas mochilas nas costas. Depois de duas horas de caminhada, chegamos à base da nossa rota de escalada, fizemos ali um depósito com o que não era necessário para a escalada, marcando cuidadosamente sua posição com o GPS.

Às cinco da manhã entramos na Crista Sudoeste, uma elegante linha, a mais linda do Monte Aspiring, que se eleva como a aresta de uma pirâmide rumo às alturas. O Marty e eu fomos os únicos a enfrentar esta rota de escalada, os outros alpinistas que estavam no refúgio foram pela Crista Noroeste, considerada a Rota Normal, por ser mais acessível.

Chegamos ao cume do Monte Aspiring às 8h15 da manhã, sob um vento super gelado que nos acompanhou durante toda a escalada, mal dava para ficar de pé. A parte mais difícil foram os últimos 200 metros, um corredor empinado com inclinação superando os 60º, e também a crista final que nos levou ao cume, totalmente exposta ao vazio, também muito inclinada.

Descemos até o meio da Crista Noroeste, de onde pegamos um atalho pela chamada “rampa”, que acabou nos levando de volta ao nosso depósito, que só achamos no meio da neblina graças ao uso do GPS.

Passamos a próxima noite no Refúgio French Ridge (a 1.570m), um pouco abaixo da linha das neves, aonde chegamos encharcados ao final da tarde. No outro dia, continuamos nossa descida até os 500m de altitude, em oito horas de uma difícil caminhada, num estacionamento onde previamente havíamos deixado o nosso carro.

Mais detalhes da escalada do Aspiring em “Nova Zelândia 2006”.