Escalado em: 23 de junho de 2014.

Junto com: o americano Nathan Heald e os peruanos Edwin Espinoza e Luis Crispin.

Rota percorrida: Normal, Face Sudeste.

Dificuldade: AD, algo difícil. O trecho mais difícil é uma parede de 200m de altura e de até 70o de inclinação na Face Leste, que leva a parte superior da Face Sul.

Tempo estimado: 6 a 7 dias, após aclimatação prévia.

Época adequada: maio a setembro.

Acesso: de Cusco (3.400m), pela “Carretera Interoceânica” (moderna estrada que liga o Pacífico ao Atlântico, via Assis Brasil, Acre) são 94 Km até Tinki (3.800m), cerca de 3 horas de viagem. Existe linha regular de ônibus que parte das proximidades do “Coliseu” (estádio de Cusco). De Tinki, por estrada de terra, 12Km, cerca de 40 minutos de carro, até Pacchanta (4.300m)

Aproximação: De Pacchanta (4.300m), caminhada de aproximadamente 7 horas, cruzando o Passo Jampa (5.100m), para chegar até o local de acampamento Soracucho (4.500m). No segundo dia, ao descer o vale encontra-se a comunidade de Pinaya (4.300m), onde entra-se no vale à direita para chegar no acampamento-base (4.800m), após um total de 4 horas de caminhada.

Equipamento necessário: completo de alta montanha, piolets técnicos, corda, estacas para neve e grampos para gelo.

A escalada:

Do acampamento-base (4.800m), situado ao lado de um imponente refugio particular, segue-se por uma pampa recoberta por gramíneas onde brotam inúmeras nascentes, deixando a morena do lado direito. Ao fundo da pampa (trecho plano) começam os zig-zags que levam a parte alta da morena (no início arenosa, depois completamente rochosa). Enfrentando passos fáceis de escalada em rocha, chega-se ao local do acampamento alto (5.500m), localizado ao final da morena, já sobre o glaciar.

Do acampamento-alto ir em direção ao lado esquerdo da Face Leste, contornando grandes seracs, às vezes indo para à direita, mas mantendo a direção geral para à esquerda.

Chega-se então a rimaya (greta marginal) de uma parede de gelo e rocha. Superar a rimaya pelo lado esquerdo (70o), continuar subindo caindo para à direita, sob as rochas, até a parte central da parede, livre de rochas, que leva à parte superior da parede, aonde chega-se após 3 esticões de 50m com inclinação de 60o.

Do topo da parede, seguir em frente cerca de 100m (em direção ao oeste), até entrar na parte superior da Face Sul, o cume do Ausangate vai aparecer do lado direito ao fundo, ao final de uma grande encosta. Seguir então diretamente para o cume (em direção ao norte), superando cerca de 2Km em uma encosta de 30o a 40o, mas que esconde gretas e pode estar com muita neve, exigindo muita energia para se abrir o caminho. No topo da Face Sul, é impressionante observar a Face Norte despencando verticalmente, cuidado com o abismo!

O cume do Ausangate está cada ano mais agudo, exigindo atenção e o uso de corda e estacas nos metros finais, que devem ser superados pelo lado direito da Crista Norte, sobre uma evidente e exposta cornisa, bem vertical na parte superior, próxima dos 70o.

Nathan Heald, amigo americano que vive em Cusco, através da sua agência Sky High, oferece cursos e escaladas nas montanhas de Cusco, mais informações em http://www.skyhighandes.com.