A escalada do Kosciuszco, Austrália.

Logo após escalar as maiores montanhas da Nova Zelândia, aproveitei a mesma viagem e fui até a Austrália, com a intenção de conhecer o Monte Kosciuszco (2.228m), a maior montanha do país dos cangurus.

Subir o ponto culminante das Montanhas Nevadas, o maior maciço australiano, não foi realmente uma escalada, mas sim uma simples caminhada, já que o Kosciuszco está no alto de uma espécie de planalto, que tem de 1.800m a 2.000m de altitude e cerca de 100 km de extensão.

Todos os anos mais de 30 mil pessoas chegam ao alto do Monte Kosciuszco, segundo a administração do Parque Nacional que leva o seu nome. A razão de tantas pessoas atingirem os seus 2.228m é um teleférico que parte da vila de Thredbo e deixa os turistas a apenas 40 minutos de caminhada do cume. Eu fiz outro caminho, junto com o australiano Andrew Lock, que conheci no Everest em 1991, e que fez parte da minha expedição ao Gasherbrum (8.035m), em 1999.

Eu e Andrew saímos de carro desde Sydney, passamos por Canberra, a capital da Austrália, e depois de aproximadamente 500 km de estrada, entramos no Parque Nacional Kosciuszco, para acampar no meio de uma floresta de eucaliptos, cheia de cangurus, a 1.700m de altitude.

No dia seguinte fomos de carro até o Passo Charlotte, situado a 1.800m de altitude, onde termina a estrada. De lá, sob uma forte neblina começamos uma caminhada de 12 km até o alto do Kosciuszco. Caminhada tranqüila, com subidas e descidas suaves. O tempo melhorou rapidamente e o céu ficou super azul. A paisagem, às vezes, se assemelhava muito com a do Planalto de Itatiaia, no Brasil: campos de altitude, pedras e capim, com as árvores dos eucaliptos ficando para baixo a partir dos 1.900m, mas sem nenhuma presença de algum contraforte rochoso ou pico eminente.

Como não encontramos ninguém durante a caminhada, levei um susto quando cheguei ao cume, havia pelo menos umas 40 pessoas lá em cima, haviam subido pelo outro lado, com a ajuda do teleférico.

Descemos desde o alto do Kosciuszco por uma antiga estrada, que atualmente está fechada para veículos, apenas bicicletas são permitidas. Foram mais 8 km, até o ponto onde iniciamos a caminhada, fechando um circuito.

Fiz questão de subir o Kosciuszco, porque algumas pessoas erroneamente o incluem como um dos Sete Cumes – a escalada da maior montanha de cada um dos continentes. Isso aconteceu a partir do inicio dos anos 1990, quando conflitos separatistas acabaram obrigando o Governo da Indonésia a fechar a região do Carstensz para os alpinistas, já que alguns foram sequestrados e assassinados por guerrilheiros. O Carstensz (4.884m) é na verdade a maior montanha da Oceania e fica na parte oriental da Ilha de Nova Guine, em Irian Jaya, que pertence a Indonésia.

Com o impedimento de entrar na região do Carstensz, algumas pessoas resolveram achar uma montanha substituta e escolheram o Kosciuszco. Hoje é comum encontrar pessoas que fizeram os Sete Cume “com o Carstensz” ou “com o Kosciuszco”, ou até com as duas montanhas.

Alguns dizem que o Carstensz não pertence à Oceania, já que a Indonésia é um país asiático. Politicamente, a Indonésia de fato pertence à Ásia. Mas não se pode dizer que metade de uma ilha pertence a um continente, e a outra metade a outro. Fisicamente a Ilha de Nova Guiné pertence à Oceania, portanto a maior montanha da Oceania é o Carstensz.

Eu escalei o Carstensz em setembro de 1997, completando assim os Sete Cumes, e fui até o alto do Kosciuszco apenas por curiosidade.


A escalada do Moai, Tasmânia.

Minha ida a Austrália tinha um objetivo muito mais importante do que chegar ao alto do Kosciuszco. Eu esperava escalar uma das mais extraordinárias formações rochosas do mundo, o Totem Pole, um espetacular pilar de dolerito (rocha magmática parecida ao basalto) que se ergue diretamente das águas do Mar da Tasmânia, atingindo impressionantes 65 metros de altura!

Outro belo pilar de rocha que gostaria de escalar era o Moai, que fica na mesma região do Totem Pole, na Baía Fortescue. Esta pequena baía, de águas claras esverdeadas, avança uns 6 km no interior da Ilha da Tasmânia. O Moai fica num dos extremos da baía, o Totem Pole na outra.

Eu tinha separado apenas três dias para escalar na Península da Tasmânia, e rezava para que o tempo me ajudasse. Sabia que por ali o clima era tão instável quanto aquele que havia enfrentado semanas antes na ilha sul da Nova Zelândia. A latitude da Baía Fortescue é a mesma do Monte Cook, recebendo da mesma forma os ventos úmidos e gelados que sopram da Antártida e provocam grandes tempestades. A Ilha da Tasmânia está a 1.900Km de distância da Antártida.

Meu companheiro nas escaladas na Tasmânia foi o Lee Cossey, um dos melhores escaladores em rocha da Austrália, que me havia sido apresentado pelo Andrew Lock. Lee morava nas Blue Mountains, perto de Sydney, e também nunca tinha escalado na Tasmânia.

Chegamos a Hobart, a capital do estado australiano da Tasmânia, em um domingo à tarde, após duas horas de vôo desde Sydney. Alugamos um carro e seguimos para a Península da Tasmânia, que estava a cerca de 90 km, e ficamos alojados perto de Port Arthur, em uma das inúmeras pousadas que se espalham na região, que antigamente eram prisões dos criminosos que eram exportados da Inglaterra. Entre 1830 e 1877, viviam por ali cerca de 12.500 presos.

Na segunda-feira, acordamos às 5 horas da manhã, nosso plano era ir logo para o Totem Pole para garantir a sua escalada, mas estava chovendo. Mesmo assim não desistimos, pegamos o nosso carro e seguimos para Fortescue Bay, aonde chegamos após 40 minutos por uma estrada de terra. A chuva não parava, e daquele jeito nem o melhor escalador do mundo conseguiria escalar o Totem Pole. Resolvemos então caminhar em direção ao Moai.

A região é um Parque Nacional. Atravessamos uma simpática praia deserta e logo entramos em uma bela floresta de eucaliptos, onde ficamos um pouco abrigados da chuva. A trilha foi sempre acompanhando as margens da baía, e, para a nossa surpresa, debaixo de um ou outro tronco de eucalipto havia um ninho de pinguins, quase todos com filhotes penugentos.

Já que estava chovendo, caminhamos sem pressa, torcendo para que a chuva parasse, assim levamos quase duas horas para chegar até a beira de um precipício de onde avistamos pela primeira vez o Moai, e que bela vista! Um pilar de 35 metros de altura, se equilibrando na beira do mar.

Para a nossa felicidade, a chuva foi diminuindo, e, mesmo que a rocha tivesse molhada, resolvemos tentar escalar o Moai. Fizemos um rapel de 60 metros até a base da falésia e logo estávamos debaixo daquele belo monumento natural.

O Moai tem três rotas de escalada, uma mais difícil que a outra, na escala australiana uma é 18 (6+ brasileiro), outra 22 (7b), e outra 24 (8a). Como a pedra estava molhada, resolvemos enfrentar primeiro a “18”. O Lee foi logo me encorajando a guiar, eu aceitei o desafio e entrei na “Sacred Site”, bela rota, com apenas dois grampos fixos e o restante da proteção em móvel. Felizmente o dolerito é uma rocha bem mais aderente do que eu pensava, logo eu fui relaxando, seguindo uma seqüência de fendas estreitas, curtindo o visual, até chegar no alto dos 35 metros do Moai, feliz da vida! Não demorou muito, e Lee estava do meu lado. Comemoramos nossa primeira escalada com sucesso na Tasmânia, já sentindo os primeiros raios do sol que conseguiam furar as nuvens.

Após rapelar do cume do Moai, reparamos que a rocha já estava praticamente seca, então resolvemos enfrentar outra de suas rotas, a graduada em “22”. Lee novamente me encorajou a guiar, eu, bem, disse que poderia tentar. Comecei superando um teto, logo fiz a primeira costura, achando a escalada bem difícil. Tentei me posicionar melhor, ainda estava meio em negativo! Com muita dificuldade consegui fazer a segunda costura, e logo tive a minha primeira queda. Puxa, se aquilo ali era um 22 (7b), como é que eu conseguiria escalar o totem Pole, que seria um 25 (8b)? Comecei a ficar bem preocupado.

Descansei um pouco, pendurado na corda. Tentei prosseguir, cai quatro vezes, na quinta tentativa, me agarrando em pequenas saliências e na aresta do Moai, consegui realizar a terceira costura, e então, a pedra ficou lisa como sabão, não consegui mais progredir, tive que descer. O Lee logo entrou em ação, passou o teto com atenção, bem devagar chegou até o segundo grampo, patinou um pouco até o terceiro, e com muita delicadeza costurou no quarto e no quinto grampo, depois surgiram algumas fissuras na rocha e a progressão foi menos nervosa.

Lá de cima Lee me deu segurança e eu entrei novamente na via, com a mesma dificuldade fui subindo devagar, cai seguidas vezes entre o terceiro e o quinto grampo, mas consegui chegar no cume do Moai novamente. Lee me cumprimentou dando uma risadinha e falando “Acho que essa via não é a 22, mas sim a 24.”. De fato, tínhamos acabado de superar a “Ancient Astronaut”, um 24 australiano (8a brasileiro), a única via totalmente em grampos fixos do Moai. Eu estava contente, já sabia que um “24” eu era capaz de superar vindo como segundo de cordada.

O sol saiu de vez, e não resistimos, enfrentamos a última via que nos faltava, o verdadeiro “22”, chamada de “Blunt Instrument” (parte inferior) com “Burning Spear” (parte superior). O Lee novamente queria que eu guiasse, mas eu já estava com meus braços cansados. Ele entrou na via e com elegância foi vencendo cada uma de suas dificuldades, que eram maiores na parte superior. Eu segui depois, com ele me dando segurança lá do cume. Esta foi a via mais interessante que achei no Moai, muito bonita e gostosa de fazer.

Iniciamos nosso regresso felizes, caminhando novamente entre grandes eucaliptos e dando novamente uma olhadinha nos filhotes dos pingüins. Quando chegamos de volta a praia, o sol do final da tarde prenunciava um belo dia pela frente. Voltamos para a pousada sonhando em escalar o Totem Pole.


A escalada do Totem Pole, Tasmânia.

O Totem Pole foi escalado a primeira vez em 1968, atualmente esta rota é classificada como A3+, segundo a escala de dificuldade que se adota no Brasil. É uma rota chamada de “artificial”, porém de elevada dificuldade técnica, onde se encaixam pequenos equipamentos em fissuras e mini buracos na rocha, superando as dificuldades com a ajuda de estribos. Esta rota havia sido repetida cerca de dez vezes até 1995, quando finalmente o Totem Pole foi escalado “em livre”, ou seja, sem a ajuda de estribos ou qualquer outro tipo de apoio.

A rota em livre foi chamada por seus conquistadores, Steve Monks e Simon Mentz, de Free Route, e vai contornado o Totem Pole como se fosse um espiral. Foi classificada com um grau de dificuldade técnica “25” australiano ou 8b brasileiro. A americana Lynn Hill, uma das melhores escaladoras do mundo, abriu uma variante para o primeiro esticão desta rota (são dois esticões até o cume), chamado de Deep Play, grau “24” australiano, 8a brasileiro (não contorna em espiral o totem).

Para chegar até o Totem Pole fizemos uma caminhada de duas horas por uma bela floresta de eucaliptos, para logo sermos surpreendidos pela beleza das falésias que se alinham na encosta escarpada do Cabo Hauy, formadas por sucessivas colunas de dolerito. O mar esverdeado a mais de 100 metros abaixo dava um toque especial a paisagem.

A primeira visão do Totem Pole foi acompanhada de exclamações tipo “incrível”, “fantástico”, “maravilhoso”, tanto por mim quanto por Lee. Umas das mais extraordinárias formações rochosas que eu já vi até hoje, por ser tão estreita, tão alta, ilhada pelas águas do mar.

Fomos descendo um escarpado desfiladeiro, até chegarmos um pouco abaixo da altura do cume do Totem Pole (65 metros), então armamos um rapel, para atingir a sua base. O mais difícil foi pendular para trás, a poucos metros das águas do Mar da Tasmânia, e conseguir colocar as chapas em dois parafusos que existem na base do Totem, e depois se clipar a estas chapas (são grampos tipo “bolt plate”: uma chapa, que serve de olhal para o grampo, é encaixada na cabeça do parafuso). Nos molhamos um pouco, pelos respingos das ondas, mas conseguimos nos pendurar na base do Totem, em dois “bolt plate”.

Ninguém mais por ali, apenas alguns leões marinhos nos espiando. Adrenalina ao máximo!

E lá foi o Lee, entrando na Deep Play, a variante aberta pela Lynn Hill, um verdadeiro mito para nós escaladores. Uma queda parecia ser inevitável, a rocha literalmente vertical, um pouco úmida em razão da maresia, mas Lee foi ganhando altura aos poucos. Colocou um micro camalot em uma fenda apertada, logo conseguiu chegar ao próximo parafuso (bolt plate) e colocar mais uma chapa, isso a uns 4 metros de onde eu me encontrava.

Dei uma relaxada, mas continuei tenso. Lee continuou esbanjando sua técnica, seguindo os bolt plate, com uma ou outra proteção móvel, até chegar ao platô que existe a 25 metros de altura, fim do primeiro esticão.

Em rocha geralmente eu escalo bem até 7º no Brasil (algo como “20” na escala australiana), mas, graças ao treinamento que havia feito antes da viagem, consegui guiar rotas na Tasmânia de até “22” (7b brasileiro). Talvez tenha sido o lugar! Talvez tenha sido muita adrenalina!

Pois bem, quando chegou a minha vez, pensei que estaria frito, ou melhor, molhado! Isso porque se eu apenas soltasse o meu peso na corda, até ela esticar, eu já estaria fazendo companhia aos leões marinhos.

Coragem, roguei a Deus, e lá fui eu!

Devagar, devagar, consegui chegar na rocha livre da maresia e de fato “escalar”. Meu estilo não foi tão elegante quanto ao do Lee, logo que eu chegava perto de um grampo eu me pendurava para descansar, mas no final meu desempenho foi bem melhor do que eu esperava. Vibrei ao encontrar o Lee na pequena plataforma que existe no meio do Totem Pole, meu amigo australiano também estava radiante de alegria.

Lee entrou então no segundo esticão (40 metros), que se encontra bem equipado com boas chapeletas de inox (grampos já com o olhal) até a metade, depois acabou usando pequenos camalots (equipamentos que se encaixam em fendas), chegando ao alto do Totem Pole sem levar nenhuma queda!

De novo chegava a minha vez. Meu desempenho nos primeiros dez metros do segundo esticão não foi tão bom, praticamente não existia onde se agarrar, mas depois, usando as arestas do Totem, consegui voltar a escalar bem. Nessas alturas, já na metade superior, o Totem Pole vai ficando cada vez mais estreito, ora me apoiava na aresta a minha direita, ora na aresta da esquerda! O mar lá embaixo, nos lados, atrás! O barulho forte das ondas! Que maravilha!

Cerca de dois metros do topo, Lee estava me esperando em uma bela plataforma. Assim que cheguei nos abraçamos emocionados, mas faltavam ainda estes últimos dois metros, na verdade um bloco vertical cortado de cima a baixo por uma fenda com uns dois centímetros de largura. Mais alguns minutos e estávamos lá em cima, a 65 metros de altura das águas do Mar da Tasmânia, no cume daquele impressionante obelisco, no dia 31 de janeiro de 2006.


Escalando no Cape Raoul, Tasmânia.

Depois de escalar o Totem Pole, estávamos extasiados com a beleza da costa da Península da Tasmânia, com a verticalidade de suas falésias que chegam a ter até 200 metros de altura.

E será que havia ainda algo “amazing” para vermos por lá? Sim, algo incrível, mas também fantástico, maravilhoso, como descrevíamos cada um dos lugares que visitávamos, tratava-se do Cape Raoul, e estávamos bem empolgados para conhecê-lo após ver a sua foto no “Climb Tasmânia”, um belo livro de Gerry Narkowicz, que recomenda para os escaladores um tour de pelo menos 30 dias para se ter uma idéia dos principais pontos de escaladas desta ilha que injustamente ficou famosa em razão de um bichinho que não faz mal a ninguém, o “diabo da Tasmânia”, na verdade ele só é muito feio.

E lá fomos nós, madrugando mais uma vez, já com os braços doloridos de tantas escaladas, mas dispostos a enfrentar novos desafios. Às 7 da manhã já estávamos a caminho com nosso carro alugado, depois de uma hora chegamos ao final de uma estradinha de terra para iniciar uma belíssima caminhada de 2 horas até o Cape Raoul.

Só pela caminhada já valia o passeio, primeiro cruzamos uma bela floresta de eucaliptos, a mais bonita de toda a viagem, para depois ir acompanhando a costa do Mar da Tasmânia no alto de uma muralha de mais de 200m de altura, o mar azul no horizonte, esverdeado quando se chocava contra os paredões, uma vista maravilhosa! O lugar é deserto, selvagem, não encontramos absolutamente ninguém durante todo o dia!

Nosso fôlego foi de fato cortado pela primeira vista que tivemos do Cape Raoul. Quantos pilares! Um mais lindo do que o outro! Dois quilômetros de extensão, desde os 200 metros de altura, até a ponta do Cabo.

Então era bom não perder tempo, fomos desescalando o início daquela crista até armarmos um rapel de 60m que nos deixou na base das primeiras vias. Começamos a nossa maratona, escalávamos uma rota, rapelávamos do outro lado, escalávamos outra. Fazíamos pequenas travessias se equilibrando no alto da crista, contemplando o mar pelos dois lados, e assim fomos, cada vez chegando mais próximos da ponta do Cabo, cada vez mais próximos do mar, até alcançarmos o fantástico Pole Dancer, um totem de 40 metros de altura, que era o nosso principal objetivo. Isso já eram 4 horas da tarde!

O Pole Dancer, segundo o livro/guia que estávamos usando como referência: “tem o melhor 22 da Austrália, talvez um dos melhores do universo”. Com esta afirmação de Narkowicz, tanto o Lee como eu não víamos a hora de escalarmos o Pole Dancer, que tem um grau de dificuldade de 7b, segundo a escala brasileira. E lá fomos nós, o Lee guiando, eu por segundo, contemplando o mar, o céu sem nenhuma nuvem, embalados pelo barulho de gigantescas ondas que se arrebentavam metros abaixo e, curiosamente sendo observados por uma colônia de belos leões marinhos.

Extasiados, começamos o nosso retorno, escalando e rapelando e, com as últimas luzes do dia, chegamos de volta ao início da crista, eram 10 horas da noite. Acendemos as nossas lanternas para fazer a caminhada de regresso até o carro, aonde chegamos à meia noite, para dar fim a nossa maratona de 14 horas, um total de 4 horas de caminhada e 10 horas de escalada.