Escalada em: 19 de janeiro de 2009.

Junto com: em solitário.

Rota percorrida: Normal.

Dificuldade: F, fácil.

Tempo estimado: 2 a 4 dias.

Época adequada: dezembro e janeiro.

Acesso: de São José, capital da Costa Rica, 4 horas de carro até San Gerardo.

Equipamento necessário: básico de caminhada.

A Escalada:

Depois da Guatemala, a Cordilheira Vulcânica perde sua imponência, os vulcões são menores e não formam uma linha de cumes ou serra, mas na Costa Rica as montanhas voltam a ganhar altitude, nada comparado ao altiplano mexicano ou guatemalteco, mas chegam a se formar campos de altitude (Páramos) no Chirripó (3.820m), onde raramente há temperaturas negativas e nunca neva.

O Chirripó está na Cordilheira de Talamanca, que não é vulcânica, embora existam vários vulcões no país. A exuberância da floresta é quem garante à paisagem um ar selvagem, tudo muito parecido com a Serra do Mar no Brasil.

A subida ao Chirripó começa a 1.470m de altitude, de onde se chega em uma hora de carro desde San Gerardo. Até os 3.400m caminhei 15 km em 6 horas, primeiro por uma floresta e no final por uma espécie de campo de altitude chamado de Páramo, algo parecido com o Planalto de Itatiaia (a Costa Rica é o único país da América Central onde ocorre o Páramo, que na América do Sul ocorre na Venezuela, Colômbia e Equador).

Antes do ataque ao cume passei a noite no confortável Refúgio Crestones, a 3.400m, provido de beliches com colchões, cozinha e banheiros, tudo em perfeito estado de funcionamento. Para ingressar no parque Nacional Chirripó (15 dólares) e usar o refúgio (10 dólares) é preciso fazer reserva e pagar as taxas com pelo menos dois meses de antecedência.

Do refúgio até o cume mais 1 hora e 30 minutos indo rápido. Cheguei ao cume a ponto de ver a linda saída do sol entre as nuvens, antes de iniciar a longa descida de 21 km e quase 2.500m de desnível até o início da trilha.