Escalada em: 10 de abril de 2004.

Junto com: o peruano Carlos Zarate.

Rota percorrida: Normal.

Dificuldade: PD, pouco difícil.

Tempo estimado: 3 a 4 dias, após aclimatação prévia.

Época adequada: maio a outubro.

Acesso: desde a cidade de Aplao, no rio Majes, em carro 4×4 até o acampamento-base (5.025m).

Equipamento necessário: completo de alta montanha, botas duplas, grampões.

A Escalada:

Esse gigante Andino é composto por sete cumes, unidos por um grande glaciar com cerca de 400 metros de espessura, segundo estudo de cientistas americanos, que também deixaram uma estação meteorológica no seu cume.

A escalada do Coropuna teve o seu início em Arequipa, de onde iniciamos um deslocamento de 350 km percorridos em 12 horas. Viagem longa e cansativa, mas muito bonita. De Arequipa, situada a 2.600m, descemos até Aplao, situado a 800m de altitude.

Aplao está no vale do rio Majes, um contraste absurdo com a paisagem desértica da costa peruana, devido ao verde de suas plantações e a riqueza dos assentamentos humanos, tudo graças à irrigação.

Enquanto subíamos pelo Vale do Majes, a paisagem foi perdendo o seu mosaico formado pelos verdes “andenes” (plataformas para cultivo) e aos poucos voltamos a ser dominados pela “puna”, os altos campos andinos, onde o único sinal de vida são alguns rebanhos de lhamas e alpacas, no meio de pedras e mais pedras onde nascem pequenos arbustos.

Chegamos de carro 4×4 até o nosso acampamento-base (5.025m), então subimos para os 5.550m, onde montamos um acampamento alto. Como quase todos os dias, a tarde desabou uma tempestade, aumentando ainda mais a quantidade de neve fresca, o que acabou sendo a maior dificuldade para se chegar ao alto do Coropuna.