País: Nepal, fronteira com o Tibete (China).

Escalada em: 14 de maio de 1995 (Tibete) e 2 de junho de 2005 (Nepal).

Junto com: Mozart Catão (1995) e Irivan Gustavo Burda (2005).

Rota percorrida: Normal Tibetana (1995), Normal Nepalesa (2005).

Dificuldade: D, difícil.

Tempo estimado: 40 a 60 dias.

Época adequada: abril e maio.

O Everest é a maior montanha do mundo, com 8.848m de altitude. Está localizado na fronteira do Nepal com o Tibete (China), em plena Cordilheira do Himalaia, no maciço do Khumbu. É chamado pelos nepaleses de Sagarmatha (Teto do Céu) e pelos tibetanos de Chomolungma (Deusa Mãe do Mundo).

O Everest foi um dos maiores desafios que já enfrentei, não apenas pelas dificuldades encontradas durante a escalada, mas porque antes nenhum brasileiro havia tentado realizar este grande sonho.

Ser o primeiro representava abrir um difícil caminho, desvendar os mistérios do Himalaia, quebrar o mito do maior gigante da Terra. Foi então com muita dificuldade, devido à falta de patrocínio, que parti pela primeira vez para o Nepal. O outono de 1991 foi rigoroso no Himalaia e nossa expedição, como muitas outras, se viu derrotada aos pés do Everest.

Apesar de tudo, eu consegui chegar, sozinho e sem o uso de garrafas, até os 8.504m de altitude. Foi uma vitória, o recorde sul-americano de altitude na época, mas faltou chegar ao ponto mais alto. Tentei voltar ao Everest nos anos seguintes, mas não consegui o tão desejado patrocínio. Publiquei então o meu primeiro livro, intitulado “Tudo pelo Everest”.

A história comoveu amigos, que se uniram ainda mais para superar este imenso desafio. Consegui assim a parceria de O Boticário, Paulista Seguros e Livraria Saraiva, três dignas empresas que resolveram acreditar neste sonho e viabilizar uma nova investida, agora pelo Tibete.

Deixei meu querido País confiante na vitória, e às 11horas e 22 minutos do dia 14 de maio de 1995, primavera no Himalaia, nosso belo sonho tornou-se realidade. A Bandeira Brasileira tremulou, pela primeira vez na história, no Topo do Mundo.

Esta importante vitória para o nosso esporte foi conseguida junto com o carioca Mozart Catão. Chegamos exatamente juntos, abraçados, no alto do Everest.

A narrativa da emocionante conquista deixei registrada nas páginas de “Everest, o diário de uma vitória”, meu segundo livro, bem como em “Everest, a conquista brasileira”, um vídeo com imagens inéditas desta excepcional aventura. Publiquei ainda “Everest, Sagarmatha, Chomolungma”, um livro com as mais belas fotos das duas expedições.

Em 2005, voltei para o Himalaia, com o objetivo de comemorar o 10º Aniversário da Conquista, escalando novamente o Everest. Minha intenção era finalizar a escalada pelo Nepal, que em 1991 havia terminado a 344 metros de altura do cume principal.

Apesar de enfrentarmos uma temporada bem difícil, eu e o meu amigo Irivan Gustavo Burda, chegamos ao alto do Everest, no dia 2 de junho de 2005. Pela segunda vez na história, a Bandeira do Brasil tremulou no Topo do Mundo.

A escalada do meu próprio Everest vai continuar. É preciso descobrir o Himalaia de Dentro. Deixar de perder-se entre os campos de neve e partir em busca das alturas do Everest do próprio ser. Este é o verdadeiro sentido de uma escalada!

Namastê!

Veja detalhes da escalada do Everest em Expedições.