Escalada em: 13 de outubro de 2004.

Junto com: o boliviano Javier Carvallo Contreras.

Rota percorrida: Normal.

Dificuldade: PD, pouco difícil, 45º, III.

Tempo estimado: 1 a 2 dias, após aclimatação prévia.

Época adequada: maio a outubro.

Acesso: Chegamos até o Guallatiri vindo da Bolívia pelo passo Chungara, e estacionamos o caminhão Andino a 4.600m, de onde fizemos o nosso ataque ao cume.

Equipamento necessário: completo de alta montanha, botas duplas, grampões e piolet.

A Escalada:

O Guallatiri (6.063m) é um belo vulcão, o mais ativo de todo o altiplano chileno, com sua cratera rugindo e soltando gases como uma locomotiva a vapor. A escalada foi bem mais interessante que a do Parinacota e que a do Sajama, pensei que seria outra subida monótona por pedras soltas e depois por penitentes, mas tivemos pequenos trechos de 45º de inclinação na neve, escalada em rocha de III, e, para animar, ainda algumas gretas para saltar.

A atividade vulcânica no Guallatiri em 2004 era impressionante, em toda a encosta leste da montanha havia fumarolas (que haviam surgido em 2003) e durante toda a subida se sentia o cheiro forte de enxofre. Mas foi justamente no cume da montanha que encontramos a parte mais interessante, duas crateras em intensa atividade, causando um barulho ensurdecedor ao emitirem gases e fumaça, tudo com um cheiro insuportável de enxofre, era preciso estudar bem os movimentos para não se ver sufocado pelos gases.