Escalada em: 25 de agosto de 1988; 06 de abril de 2008; 12 de junho de 2009.

Junto com: Marcelo Araújo (1988); Irivan Burda (2008); Jefferson dos Reis e Cláudio Slavieiro (2009).

Rota percorrida: Normal, Face Leste.

Dificuldade: PD, pouco difícil, 45º/50º.

Tempo estimado: dois dias, após aclimatação prévia.

Época adequada: maio a outubro.

Acesso: duas horas de viagem, 26 km, de La Paz até o Passo  Zongo (4.700m) (acampamento-base).

Equipamento necessário: completo de alta montanha, indispensável bota dupla, grampões, piolet e corda.

A Escalada:

No Passo Zongo (4.700m) existem dois refúgios, Refugio Casa Blanca (4.750m) (3 Km antes do Passo), e o Refugio Huayna Potosi (4.700m) (justamente no Passo, ao lado da barragem da represa), os dois são excelentes acampamentos-base, também é possível montar barraca nas suas proximidades.

Desde o acampamento-base, em três horas de caminhada, atravessando a represa pela barragem (partindo do Ref. Huayna Potosi), ou margeando a represa (partindo do Ref. Casa Blanca), por trilha bem marcada, segue-se em direção a uma notável crista de rocha à direita do Glaciar Velho, para chegar até “Las Rocas” (5.100m), as margens do glaciar, onde se estabelece o “acampamento alto”.

Antigamente o “acampamento alto” era montado sobre o glaciar a 5.400m, pois Las Rocas estava coberto pelo glaciar. Com o derretimento do glaciar, devido ao aquecimento global, o espaço com rochas se ampliou, várias plataformas para armar barracas foram construídas, inclusive um refúgio chamado “Roca”.

Desde Las Rocas, leva-se de 4 a 6 horas para se chegar até o cume. Devido a alta frequência de “turistas de montanha” o caminho sobre a neve geralmente está muito bem marcado. Após o Acampamento Argentino (5.400m), existe uma pequena parede de aproximadamente 30 metros de altura que oferece alguma dificuldade, 50º de inclinação.

Depois se entra na face leste seguindo por terreno suave até chegar debaixo do cume. Se as condições da neve estiverem boas, geralmente no início da estação, é melhor seguir pela parede final, que tem cerca de 200m de altura, direto para o cume, 40º/50º. Outra opção é seguir em frente, para logo ir caindo para a esquerda até alcançar uma afiada crista que leva ao cume.

Atualmente o Huayna Potosi está sendo escalado praticamente durante todos os meses do ano, e por muitas pessoas com pouca ou quase nenhuma experiência no alpinismo. Por 120 dólares a aventura está garantida, com guia, prática de escalada em gelo no “Glaciar Velho”, pernoite nos refúgios e a inesquecível escalada. Mas cuidado, estes três dias podem ser os piores da sua vida se você não estiver adaptado ao ar rarefeito, ou se estiver chovendo ou nevando, porque mesmo assim, os guias vão tentar te arrastar até o alto da montanha. Então vale o conselho, procure guias capacitados em agências sérias, passe antes pelo menos uma semana fazendo turismo pelo altiplano andino para se aclimatar, e procure escalar o Huayna Potosi entre os meses de maio e outubro.