País: Tanzânia, próximo da fronteira com o Quênia.

Escalada em: 26 de agosto de 1996.

Junto com: em solitário.

Rota percorrida: Marangu.

Dificuldade: F, fácil.

Tempo estimado: 5 a 6 dias.

Época adequada: todo o ano, evitar os meses de março, abril e maio (chuvas).

Acesso: da cidade de Arusha, por Moshi, estrada até a entrada do Parque Nacional.

Aproximação:

1º dia – de Marangu (1.840m), caminhada de 3 a 4 horas até o Refugio Mandara (2.720m).

2º dia – do Refugio Mandara, caminhada de 4 a 6 horas até o Refugio Horombo (3.720m).

3º dia – do Refugio Horombo, caminhada de 4 a 6 horas até o Refugio Kibo (4.745m).

Equipamento necessário: básico de alta montanha, botas de solado semi-rígido e bastões de esqui.

A Escalada:

A rota Marangu é a mais fácil e percorrida do Kilimanjaro, bem acessível devido a presença dos refúgios, porém muitas pessoas sofrem em razão de se atingir altitude elevadas muito rápido. Uma boa opção é passar duas noites no Refugio Horombo para facilitar a aclimatação.

Partir por volta da meia noite do Refugio Kibo, seguindo os zig-zags que levam até a borda inferior da cratera chamada de Gilman’s Point (5.681m), seguir contornando a cratera pela esquerda, sem maiores complicações, até o ponto mais alto chamado de Uhuru (5.895m).

Ir devagar, para não acontecer o que aconteceu comigo, chegar ao ponto mais alto e ainda estar escuro. Mas vale a pena sair antes da multidão de turistas, para contemplar o nascer do sol do ponto mais alto da África! No mesmo dia do cume descer até o Refúgio Horombo.


O KILIMANJARO está localizado na Tanzânia, próximo da fronteira com o Quênia, na África Oriental. Ergue-se em meio a savanas, onde há a maior concentração de animais selvagens do mundo, como leões, girafas e elefantes. É um antigo vulcão, como a maioria das montanhas da região.

O Kilimanjaro é a montanha mais fácil de todos os Sete Cumes. Não é necessário nenhum equipamento especial, apenas um bom par de botas de caminhada e alguma roupa de frio. É uma montanha muito divertida, pois todo tipo de turista aceita o desfio de conquistá-la. Vi um escocês chegando ao cume de saia e tudo.

Minha primeira montanha no continente negro foi o Ruwenzori, que se ergue entre as brumas nas míticas Montanhas da Lua, encravadas entre Uganda e o Zaire (Congo). Adorei escalar esta montanha! É inigualável o prazer de cruzar uma floresta exuberante, com chuvas diárias, muita lama e mosquitos, e logo poder pisar sobre um glaciar em plena linha do Equador. Atingi em solitário a Punta Margherita, o ponto culminante do Ruwenzori, com 5.109m, no dia 18 de agosto de 1996.

O Kilimanjaro, embora mais alto, com 5.895m, não proporcionou nem um pouco da magia que encontrei no Ruwenzori. Cheguei sozinho no seu ponto mais alto, chamado de Uhuru, às seis da manhã do dia 26 de agosto de 1996, quando ainda era noite. E lá fiquei por mais de três horas, contemplando primeiro um inesquecível nascer do sol e, depois, um vai e vem de inúmeros turistas (mais ou menos uns trinta), que tiravam uma foto no lado de uma placa e desciam em seguida.

Antes de voltar da África, não podia deixar de conhecer o Monte Kenya. Fiz uma bela escalada mista (com passagens de quarto em rocha e 55 graus no gelo) com Jeff Johnson, americano que havia conhecido no Ruwenzori.

Todas estas montanhas estão bem no meio da África Oriental, perto da nascente do rio Nilo, despontando em meio a savanas repletas de gnus, zebras, macacos, girafas, elefantes, leões, antílopes, hipopótamos, búfalos e flamingos. Para me aproximar um pouco mais destes animais, fiz safaris fotográficos pelos parques nacionais de Nogorongoro, Lake Manyara e Tarangire, na Tanzânia. Um rinoceronte ao longe, ou um casal de chita, até aparecia, mas era raro.

O que nunca faltava eram os Maasai, os nativos africanos que povoam o sul do Quênia e o norte da Tanzânia. Durante os deslocamentos aos parques nacionais, ou até mesmo dentro deles, sempre se podia avistar um rebanho de 20 ou 30 vacas, sendo cuidado por uma meia dúzia de Maasai. Eles se destacam ao longe na savana, devido ao manto que lhes serve de vestimenta ter predominante uma forte tonalidade vermelha.