País: Bolívia, fronteira com o Chile.

Escalada em: 01 de outubro de 2004.

Junto com: Julio Aracheski e o boliviano Javier Carvallo Contreras.

Rota percorrida: Normal.

Dificuldade: F, fácil.

Tempo estimado: 1 a 2 dias, após aclimatação prévia.

Época adequada: maio a outubro.

Acesso: de San Pedro de Atacama (Chile), estrada até Laguna Verde (Bolívia).

Aproximação: do refúgio na Laguna Verde, 40 minutos de carro 4×4 até os 4.600m.

Equipamento necessário: básico de alta montanha, bastões de esqui.

A Escalada:

O Vulcão Lincancabur (5.916m) está localizado no extremo sul da Bolívia, na fronteira com o Chile. É uma linda montanha, um cone perfeito. Está muito próximo de San Pedro de Atacama, Chile, de onde vem a maioria dos aventureiros que o desejam escalar. Quase todos escolhem o lado boliviano para a subida, pois ao lado da Laguna Verde existe um pequeno refúgio, com dormitório, refeições e serviço de guia.

Nós deixamos o caminhão Andino ao lado do refúgio (4.350m) e contratamos o serviço de transporte 4×4 que ali é oferecido para ir até os 4.600m, local onde se encontram algumas ruínas Incas e onde começa a rota da escalada. Leva-se apenas 40 minutos de carro 4×4 do refúgio até lá, onde também é possível acampar.

A escalada do Lincancabur é na verdade uma caminhada pesada vulcão acima, sobre muitas pedras soltas. Em todo o trajeto é possível perceber vestígios Incas, até mesmo ao redor da cratera que existe no cume, onde foram identificados 23 “estruturas”, são pequenos muros, restos de adoratórios, mas bem rústicos, não passando hoje de amontoados de pedras.

O que mais me impressionou foram os restos de lenha (pircas) que existem no alto do Lincancabur, uma vez que não existe sequer uma árvore em toda a redondeza. Acredita-se que os Incas faziam grandes fogueiras no alto do vulcão em suas cerimônias.