País: Nepal, fronteira com o Tibete (China).

Escalada em: 11 de maio de 2008.

Junto com: Irivan Gustavo Burda.

Rota percorrida: Normal.

Dificuldade: D+, difícil superior, IV 60º.

Tempo estimado: 40 a 60 dias.

Época adequada: abril e maio.

Acesso: desde Kathmandu, de avião até Tumlingtar.

Aproximação: de Tumlingtar (500m), 10 dias, 114 km, de caminhada até o acampamento-base (5.700m), ou helicóptero (apenas após aclimatação prévia) até 4.800m (8 km abaixo).

Equipamento necessário: completo de alta montanha e escalada em gelo.

A Escalada:

Eu e o Irivan fizemos uma tentativa de escalar o Makalu em 2007, chegando até os seus 7.800m. Voltamos em 2008 e finalmente chegamos ao cume.

Os acampamentos superiores que usamos foram: C1 (6.760m), C2 (7.450m) e C3 (7.900m).

Existem dois pontos críticos na escalada do Makalu: a chegada até o Makalu La e o próprio ataque ao cume.

O Makalu La deve ser abordado pela sua direita. Logo acima do acampamento 1 é preciso ir subindo para a direita até encontrar a primeira banda rochosa, que tem cerca de 200m de altura onde é preciso fixar cordas, Vem então uma rampa de 150m, 40º, que no seu final se empina até os 60º. Cuidado, risco de avalanche de placa.

Superando a rampa de neve entra-se novamente em um terreno de rocha e gelo onde também é preciso fixar cordas, até quando a inclinação vai diminuindo e se chega finalmente ao Makalu La. O acampamento 2 (7.450m) deve ser montado um pouco acima à sua direita.

Do acampamento 2 segue-se em uma longa diagonal levemente para à direita, subindo suavemente até os 7.700m, onde se encontra uma grande barreira de seracs que precisa ser atravessada subindo levemente em diagonal, agora para a esquerda. Do outro lado dos seracs montamos nosso acampamento 3 (7.900m).

Do acampamento 3 seguimos diretamente para cima, indo em direção a uma grande e evidente greta que deve ser contornada pela sua direta. Logo se segue à esquerda indo em direção a um corredor de neve que nos leva novamente para uma grande banda rochosa (8.300m). Escalar essa banda rochosa é o segundo crux da via, entrar nas rochas à esquerda do final do corredor de neve, para logo ir em direção a crista do cume, superando trechos fáceis, mas delicados de escalada em rocha.

Uma vez na crista, se o vento permitir, seguir em direção ao proeminente falso cume, que deve ser superado escalando uma parede de cerca de 20 metros. Do falso cume surge a uns 50 metros o cume principal, que é atingido após uma delicada travessia logo abaixo de uma afiada crista.

Mais detalhes em “Makalu 2007 2008”, em “Expedições”.