Escalada em: 16 de janeiro de 2006.

Junto com: o australiano Marty Beare.

Rota percorrida: Normal.

Dificuldade: AD, algo difícil, 60º IV.

Tempo estimado: uma semana.

Época adequada: dezembro e janeiro.

Acesso: de Wanaka, 250 km de carro até a Mount Cook Village (720m).

Aproximação: da Mount Cook Village, vôo de helicóptero até o Refúgio Plateau.

Equipamento necessário: completo de alta montanha e de escalada em gelo.

A Escalada:

Nosso ataque ao Monte Cook começou às 1h45 da madrugada com nossa partida do Refúgio Plateau (2.200m), e foi um tanto perigoso em razão do elevado número de gretas e das avalanches, riscos que estão cada vez mais presentes na Nova Zelândia devido ao aquecimento global.

Perdemos muito tempo contornando gretas imensas. Na subida por pouco não fomos atingidos por uma grande avalanche, que passou logo atrás de nós. Também na descida, no mesmo lugar, desabou uma avalanche ainda maior, pouco depois de uma hora que havíamos passados por ali, tenho a certeza que desta segunda avalanche não teríamos nenhuma chance de escapar com vida. Tudo isso aconteceu no trecho que deveria ser fácil, pois estávamos seguindo o leito de um amplo glaciar chamado “Linda”.

A parte mais difícil viria a seguir, e, embora bem mais técnica, para nós foi muito mais prazerosa. Foram três esticões de misto, inclinação de até 60º em gelo e algumas passagens verticais em rocha, que nos deixaram na afiada crista que nos levou ao cume.

Às 10h15 da manhã daquele belo dia 16 de janeiro de 2006, a Bandeira do Brasil tremulava pela primeira vez no alto do Monte Cook (3.763m), a maior montanha da Nova Zelândia. O vento gelado, que segundo a previsão era de 70 Km/h, não permitiu grandes comemorações, tiramos algumas fotos, logo rapelamos o trecho técnico, cruzamos novamente as gretas e driblamos as avalanches, para chegar de volta ao refugio Plateau às 17h15.

Mais detalhes da escalada do Mont Cook em “Nova Zelândia 2006” .