Estimados Amigos,

Por iniciativa do Chiquinho, várias vias estão sendo recuperadas no Marumbi, o trabalho está sendo muito bem feito, grampos podres foram retirados e colocados chapeletas novas, onde era feito em artificial agora se pode fazer em livre com segurança, sem correr o risco de ficar espetado nos “palitos” (grampos antigos), mas foi respeitado o estilo original, sendo possível o artificial onde assim era, pois nesses lugares as chapas foram colocadas próximas.

 A “Chaminé Oeste” está uma beleza, a primeira enfiada agora dá para fazer toda em livre, até na “chaminé podre” tem duas chapas novas, dá para guiar “por fora”, assim a erosão vai sendo evitada. 

A “Fissura do Arame” virou um 7b, super difícil, fiz me ralando todo, mas dá para fazer ainda em artificial.

A Chaminé do Gavião ficou uma beleza com as chapas novas, mas me perdi lá no alto, buscando a “transversal do Gavião”, que ainda não foi recuperada, vi alguns grampos velhos, mas recomendo que se faça apenas a chaminé e logo o rapel pela parada da “Mistério Oculto” (que se encontra logo ao sair da chaminé).

O “Enferrujado” em livre, isso mesmo, o negativo ganhou 5 chapas, é só ir se agarrando nos palitos e costurando nas chapas novas. A segunda enfiada ficou sem nenhum palito, linda, virou um 6+, com um 7b no final, em todo caso, ainda dá para fazer tudo em artificial.

Aproveitei o tempo seco para abrir duas vias no Marumbi, logo à direita da “Vaca Preta”, a “Teto do Jardim” (7a) e a “É Prá Você” (6+).

A Teto do Jardim começa do lado direito do totem que também dá início a Vaca Preta (que começa do lado esquerdo do totem). O totem é superado entalando a mão esquerda em uma boa fenda e usando as agarras para a mão direita. Para a proteção é necessário o camalot “2”. É possível usar o primeiro grampo da Vaca Preta, mas acima do belo jardim tem uma fissura rasa onde entra bem o camalot “1”, supera-se essa fissura e entra-se no diedro, ganhando-se algumas agarras do lado esquerdo parta atingir a 1ª chapeleta.

Ganhando altura no diedro, logo se passa para a parede da direita, dominando uma grande agarra onde se fica de pé e se alcança a 2ª chapeleta. Vem então o 1º crux (7a), uma aderência que passa pela 3ª chapeleta e nos leva debaixo do teto, onde agarras pequenas, mas boas, nos permite posicionar para costurar bem alto a 4ª chapeleta, já na virada do teto. O teto é o segundo crux (7a), é superado ganhando altura, usando uma fissura que segue para cima e para à esquerda, quanto mais alto muito melhor as agarras (não ir para à direita!).

Após costurar na 5ª chapeleta, acima do teto, o lugar é ótimo para descansar.

Com a ajuda de algumas agarras, se chega na 6ª chapeleta e logo entra-se num pequeno mas bem vertical diedro, o 3º crux (7a), costura-se na 7ª chapeleta, pequena travessia de um metro para à direita e usando uma boa agarra invertida se chega a parada, a mesma da Vaca Preta.

A outra via conquistada, a “É Prá Você”, está num esporão à direita da Teto do Jardim. Facilmente se avista uma chapeleta dupla, onde se deve armar a segurança. Ganhando altura por boas agarras, contornando levemente o esporão para à direita, se chega a 1ª chapeleta. Sobe-se indo agora para à esquerda, até atingir a 2ª chapeleta, entrando no diedro do esporão com a parede da esquerda. Em oposição no diedro, se atinge a 3ª chapeleta, para entrar no crux (6+), que também deve ser superado em oposição, para logo atingir a 4ª chapeleta. Por boa aderência se chega na 5ª chapeleta, então segue-se ligeiramente para à esquerda, dominando uns bicos sobre um pequeno teto até atingir a 7ª chapeleta. Seguir então em direção a parte superior da Teto do Jardim, indo um pouco para à esquerda até chegar no alto do teto, e depois para a direita até a penúltima chapeleta de Teto do Jardim, onde se deve costurar. Sair então pela esquerda, buscando o caminho mais fácil até a parada.

Teto do Jardim, 7a, 40m. É Prá Você, 5º VI+, 40m. Para o rapel é preciso uma corda de 60 metros.

Boas escaladas!

Waldemar Niclevicz

MARUMBI, PARAÍSO BRASILEIRO!

Apesar das jararacas, MUITO CUIDADO, o verão nem chegou, mas já é grande a presença de cobras em toda a montanha!