Escalado em: 23 de janeiro de 2013 (2a vez).

Junto com: o paulista Pedro Hauck.

Rota percorrida: Normal Chilena ou Direta.

Dificuldade: PD, pouco difícil.

Tempo estimado: de 3 a 7 dias, após aclimatação prévia.

Época adequada: novembro a março.

Acesso pela Argentina: Desde a cidade de Fiambala, após 270 Km ingressar no Chile pelo Passo San Francisco (4.700m), seguir por 102 Km até o centro fronteiriço San Francisco, ao lado do Salar de Maricunga (3.700m), onde se deve fazer os trâmites de migração e apresentar a permissão para a escalada.

Acesso pelo Chile: Desde a cidade de Copiapó, ir em direção ao Passo San Francisco, 184 Km até o centro fronteiriço San Francisco, ao lado do Salar de Maricunga (3.700m), onde se deve apresentar a permissão para a escalada.

Aproximação: Do Centro Fronteiriço seguir por 70 Km em direção ao passo San Francisco, sair em bifurcação à direita, após 2 Km se chega ao Refúgio Claudio Lucero (4.540m), acampamento-base. Mais 22 Km, por estrada precária sujeita a neve, apenas para veículo 4×4, chega-se até o Refúgio Atacama (5.280m).

Equipamento necessário: completo de alta montanha, botas duplas, grampões, bastões de esqui, piolet.

Permissão para a escalada: necessária para estrangeiros, a ser retirada gratuitamente, com pelo menos trinta dias de antecedência, através da internet no site da Difrol.

Importante: Levar água potável para o Refúgio Claudio Lucero e Refugio Atacama, para casos de não se encontrar neve para derreter.

A Escalada:

Em 2013 enfrentamos desde o Refugio Cláudio Lucero uma estrada completamente nevada e sem marcas de pneu, mesmo assim consegui abrir caminho com a camionete Andina. No mesmo dia em que chegamos ao Refúgio Atacama (5.280m), seguimos a pé os 12 Km até o Refúgio Tejos (5.800m), que possui colchões para oito pessoas, tendo o dobro do tamanho do Refúgio Atacama.

Da Refúgio Tejos partimos à meia noite rumo ao cume do Ojos del Salado, no início encontramos algumas marcas que indicavam o caminho, mas depois a neve escondia as referências no terreno, assim seguimos direto em direção a cratera, que abordamos pelo seu lado direito. Havia muita neve pelo caminho, chegar até a cratera foi cansativo, mais cansativo ainda foi atravessá-la, costeando o seu lado esquerdo.

Na brecha entre os dois cumes existe um trecho delicado de rocha, onde velhas cordas fixas devem ser usadas com muito cuidado. O ideal é levar pelo menos um pedaço de corda de uns vinte metros para maior segurança.

O Pedro Hauck e eu chegamos ao cume às 9hs da manhã, e no mesmo dia descemos até o Refúgio Atacama (5.280m). O dia estava espetacular, com todas as grandes montanhas ao nosso redor esbranquiçadas por uma nevasca recente.