A poucos dias de completar os 20 anos da sua maior conquista – a chegada ao topo da maior montanha do mundo, o Everest, realizada no dia 14 de maio de 1995 – o alpinista brasileiro Waldemar Niclevicz se compadece com as vítimas do terremoto ocorrido no último sábado, dia 25, no Nepal, que provocou uma grande avalanche no Everest, na qual 17 mortes foram confirmadas.

Apesar das trágicas consequências para os alpinistas, ao saber da ocorrência do terremoto quando estava na Serra do Mar do Paraná, a maior preocupação de Niclevicz foi em relação aos amigos brasileiros que vivem em Katmandu, liderados pelo paranaense Silvio Silva.

Segundo Silvio, apesar do clima de destruição, a cidade e o povo nepalês estão aparentemente calmos. “As lojas estão fechadas, os serviços estão precários, em alguns momentos funcionam. Chegamos a ficar sem energia elétrica por um período e estamos enfrentando a falta de água. A escola onde acampamos têm duas quadras, cedemos uma para a comunidade e na outra estamos com mais de 200 crianças. Ganhamos um cabrito de alguns hindus para poder comer”, contou Silvio.

O que fazem os brasileiros no Nepal?

A equipe de brasileiros de Silvio trabalha com as organizações não governamentais Missão Cristã Mundial e Mobilização Mundial, lutando para resgatar meninas da prostituição infantil. Em 15 anos de atividade em Katmandu, são responsáveis por resgatar a dignidade de mais de 350 crianças que vivem em quatro casas e estudam em uma escola própria, que é referência em qualidade de ensino no Nepal.

Como foi o terremoto?

Foram dois terremotos, um no sábado (25) de magnitude 7,8 na escala de Richter, e outro domingo (26) de magnitude 6,7. Os abalos provocaram a morte de mais de 4 mil pessoas. Além dos dois tremores principais, dezenas de réplicas do terremoto foram sentidas depois dos primeiros episódios.

De acordo com Silvio, a estrutura de atendimento do governo nepalês é mínima. “O governo é ineficiente e precário. Nessa situação eles têm boa vontade mas não tem estrutura. Se eles conseguirem restabelecer a população com água, energia e desbloquear as estradas, já vai ser ótimo”. 

Como ajudar?

“Muitos perderam suas casas, familiares e o pouco que tinham para viver. Há muitos feridos. Há falta de energia elétrica, o que já era comum em Katmandu. Os estragos são imensuráveis”, lembra Niclevicz.

“Fico feliz em saber que os brasileiros que vivem em Katmandu estão bem e em condições de continuar ajudando um povo tão sofrido quanto o nepalês, principalmente se contarem nesse difícil momento com a nossa solidariedade”, enfatiza o alpinista.

Os interessados em ajudar a comunidade assistida pelo brasileiro Silvio, podem contribuir com doação diretamente na conta bancária do projeto, por meio do site www.MeninasDoNepal.com, basta clicar em “Como contribuir”, efetuando depósito para:

Missão Cristã Mundial, CNPJ: 01437718/000102
Banco do Brasil, agência 2738-3, conta 34000-6
Bando Bradesco, agência 1633, conta 19500-6

Para mais informações: [email protected]