Altitude: 5.330m.

País: Colômbia.

Escalada em: 06 de janeiro de 2010.

Junto com: em solitário.

Rota percorrida: Normal.

Dificuldade: PD, pouco difícil.

Tempo estimado: 4 dias.

Época adequada: dezembro e janeiro.

Acesso: de Bogotá, por estrada, 430 km, 10 horas, até a cidade de Guican.

Aproximação: de Guican, uma hora de carro até a Pousada Las Cabañas (3.960m).

Equipamento necessário: básico de alta montanha, grampões, piolet.

A Escalada:

Na temporada de dezembro a janeiro, há dias em que mais de cem pessoas deixam Las Cabañas em direção ao glaciar do Ritacumba Blanco, muitos a cavalo, que são previamente reservados.

Após fazer “La Vuelta”, o giro ao redor de toda a Sierra del Cocuy em três dias, estava bem cansado e querendo relaxar um pouco. Mas logo ao amanhecer fiquei surpreso com a quantidade de carros que chegavam e o movimento de turistas, que acabei não tendo escolha a não ser antecipar a minha escalada do Ritacumba Blanco.

Já meio “atrasado”, parti da pousada (3.960m) às 9 horas, para em duas horas alcançar a procissão de turistas na borda do glaciar, onde muitos celebravam o fato de tocar a neve pela primeira vez. O caminho é muito bem marcado, e totalmente detonado pelas dezenas de cavalos que sobem e descem a trilha diariamente. Quando começam as longas lajes de pedra, fui seguindo por elas, afastando-me da trilha, indo direto para o início do glaciar que é alcançado facilmente.

Felizmente, depois de entrar no glaciar uns 300 metros, por um terreno praticamente plano, com 20º/30º, o tumulto dos turistas ficou para trás e a paisagem foi se tornando mais alpina e bonita, destacando-se à esquerda o maciço do Ritacumba Negro. Continuei em frente, até passar pelo esporão que leva ao Ritacumba Negro, e de onde, pela primeira vez, vi o cume do Ritacumba Blanco ao fundo, aonde cheguei por volta das 13 horas.

Até a base da pirâmide do cume não existe nenhum perigo evidente, apenas a subida do cume em si apresenta certa dificuldade. Primeiro é preciso atravessar uma greta, e subir uns 20 metros com 50º até o cume, que se encontra empoleirado, aparentemente prestes a cair, no abismo que surge do lado oposto. Facilmente se percebe que as condições do cume podem variar completamente de um ano para outro.

A visão do cume foi a maior recompensa, pois pude identificar todo o trajeto que fiz a pé, ao realizar “La Vuelta”, contornando a linda Sierra del Cocuy, onde o que mais me chamou a atenção foi a beleza dos senecios e frailejones, espécies endêmicas do Páramo.