Escalada em: 04 de agosto de 2011.

Junto com: Eiki Higaki.

Rota percorrida: travessia das três torres.

Dificuldade: IV+.

Tempo estimado: 1 dia.

Época adequada: julho e agosto.

Acesso: estacionar o carro na cidade de Pera (Val di Fassa), onde se pega um ônibus que passando por Monzon nos leva até o Refúgio Gardeccia (é proibido o acesso a carros particulares).

Aproximação: duas horas e meia de caminhada até o Refúgio Re Alberto (2.621m).

Equipamento necessário: completo de escalada em rocha, jogo de camalots até o “3”, jogo de stoppers, duas cordas de 60m.

A Escalada:

Um dos grupos mais imponentes de todas as Dolomitas é o Catinaccio, que atinge os 2.981m de altitude, mas que tem o seu maior fascínio em um conjunto de três torres, chamadas de “Torres de Vajolet”.

O Catinaccio foi o reino de Titta Piaz, apelidado de “o diabo das Dolomitas”, em razão de suas numerosas e incríveis conquistas, realizadas entre 1899 e 1935, ironicamente ele morreu em um acidente de bicicleta, em 1948, em Pozza, cidade que dá acesso ao Catinaccio.

As opções de escaladas no Catinaccio, como em todo grande grupo das Dolomitas, são praticamente infinitas, sua parede oriental é uma das mais desafiadoras, a via “Steger” está na minha lista, com 600m de altura literalmente verticais, assim como a “Fissura Piaz”, na Punta Emma, conquistada em solo por Titta Piaz, em 1900, e que ainda hoje é respeitada como uma das grandes vias das Dolomitas!

Mas se o tempo é curto, como era o nosso, não tenha duvida de ir logo para as Torres de Vajolet, para muitos o “cartão postal” ou verdadeiro símbolo das Dolomitas. Cada um das três torres pode ser escalada individualmente, mas vale a pena fazer a travessia, pois ao rapelar de uma das torres inevitavelmente se chega ao início da escalada da torre seguinte.

A primeira via a ser enfrentada é o “Spigolo Delago” (na Torre Delago), 120m de escalada aérea, num dos itinerários mais belos das Dolomitas, o rapel nos conduz ao início da via “Fehrmann”, que segue a linha mais lógica da Torre Stabeler. A travessia continua após o rapel até a base da Torre Winkler, por uma via conquistada por Georg Winkler, em 1887!!! Não é a toa que muitos consideram as Dolomitas o berço mundial da escalada em rocha!