Escalado em: 26 de janeiro de 2013.

Junto com: o paulista Pedro Hauck.

Rota percorrida: Normal.

Dificuldade: PD, pouco difícil.

Tempo estimado: de 3 a 7 dias, após aclimatação prévia.

Época adequada: novembro a março.

Acesso pela Argentina: Desde a cidade de Fiambala, ingressar no Chile pelo Passo San Francisco (4.700m), seguir até o centro fronteiriço San Francisco, ao lado do Salar de Maricunga (3.700m), onde se deve fazer os trâmites de migração e apresentar a permissão para a escalada.

Acesso pelo Chile: Desde a cidade de Copiapó, ir em direção ao Passo San Francisco, 184 Km até o centro fronteiriço de Maricunga, onde se deve apresentar a permissão para a escalada.

Aproximação: Do Centro Fronteiriço seguir por cerca de 40 Km em direção ao passo San Francisco, sair em bifurcação à direita, logo após passar a cachoeira do rio Lama que se avista à direita da estrada. Depois de cerca de 8 Km se deve abandonar esta precária estrada, e seguir à esquerda em direção ao Tres Cruces, seguindo antigos rastros de carro – trecho apenas para veículo 4×4. Nós acampamos a 4.900m, existe outro lugar para o acampamento-base a 5.100m.

Equipamento necessário: completo de alta montanha, botas duplas, grampões, bastões de esqui, piolet. Muito útil o GPS.

Permissão para a escalada: necessária para estrangeiros, a ser retirada gratuitamente, com pelo menos trinta dias de antecedência, através da internet no site da Difrol.

Importante: Levar água potável para o acampamento-base, para casos de não se encontrar neve para derreter.

A Escalada:

Do acampamento-base (4.900m), seguimos as marcas de pneu em uma suave encosta até os 5.100m, depois fomos nos aproximando do Tres Cruces Sul, ganhando altura em sua encosta, seguindo em diagonal para a esquerda, em direção ao colo que o separa do Tres Cruces Central. Estava bastante nevado, mesmo assim era possível distinguir uma trilha na maior parte do trajeto.

Ao se adentrar no colo se atinge duas pequenas lagunas, a 5.900m, possível lugar para um acampamento alto. Nós continuamos em frente, até o fundo do colo, onde pegamos uma ampla crista que dobrando para a direita leva em direção ao cume. A 6.100m, entre as rochas, achamos um bom lugar para acampar.

Do nosso acampamento alto (6.100m), partimos para o cume às 3h30 da madrugada, seguindo em direção a um colo que existe a 6.400m, à direita do cume, e onde começa a parte mais difícil da escalada, um trecho cheio de pequenas torres de rocha vulcânica, de um a três metros de altura, que se prolonga até os 6.650m, onde se levanta uma parede vertical. Superar essa parede é o ponto mais difícil da escalada, a passagem está do seu lado esquerdo, numa pequena falha na parede, que nos conduz através de um canaleta de uns 40 metros de altura a um segundo campo de torres de rocha, agora um pouco mas altas, formando um grande labirinto.

É preciso paciência para chegar até o ponto mais alto, uma das infinitas torres, justamente a mais ao fundo e à direita (sul) de todas, onde chegamos às 10hs. Nesse mesmo dia voltamos para o acampamento-base e regressamos para a Argentina.