Levando o Brasil ao Topo do Mundo

Depois da escalada do Aconcágua, a maior montanha da América do Sul, em 1988, Waldemar Niclevicz não parou mais de enfrentar grandes montanhas. Passo a passo, acabou escalando as maiores montanhas da Bolívia, Peru, Equador, Chile, Argentina, Venezuela, França, Itália e Suíça.

A rápida ascensão de Niclevicz no alpinismo acabou lhe dando condições de enfrentar o Everest, em 1991, pelo Nepal. Foi a primeira vez que um brasileiro tentou chegar ao alto da maior montanha do mundo, vitória que só viria a ser conseguida pelo próprio Niclevicz, em 1995, agora pelo Tibete.

Depois de se tornar o primeiro brasileiro a atingir o alto do Everest, Niclevicz deu sequência a conquista dos Sete Cumes, a escalada da maior montanha de cada um dos continentes. Passou a ser o primeiro brasileiro a escalar a maior montanha da Antártida, da Europa e da Oceania, além de escalar as maiores montanhas da América do Sul, da América do Norte e da África, para completar a realização deste projeto, em setembro de 1997.

Niclevicz então assumiu o maior desafio da sua vida, resolveu enfrentar o temível K2, no Paquistão, considerada a montanha mais difícil de ser escalada. A vitória sobre o K2, que também é a segunda maior montanha do mundo, veio apenas na terceira tentativa, em 2000. Como treinamento para o K2, Niclevicz acabou escalado outras três montanhas com mais de 8 mil metros de altitude: a 6ª (Cho Oyo, 8.201m) , a 13ª (Shisha Pangma, 8.046m) e a 14ª (Gasherbrum, 8.035m) maiores montanhas do mundo.

Em 2001, Niclevicz tornou o Brasil o primeiro país da América Latina a conquistar a Trango Tower (6.251m), a maior torre de granito do mundo, um paredão vertical de 1.500m de altura (cinco vezes a altura do Pão de Açúcar), uma das mais importantes conquistas da sua carreira.

Em 2002, Niclevicz passou a ser o primeiro brasileiro a escalar o Lhotse (8.501m), a 4ª maior montanha do mundo. Em 2004, escalou 18 montanhas na Cordilheira dos Andes, a maioria conquistas inéditas para um brasileiro.

Em 2005, para comemorar o aniversário dos 10 anos da conquista brasileira da maior montanha do mundo, Niclevicz repetiu a escalada, tornando-se o primeiro brasileiro a escalar o Everest duas vezes (uma pelo Nepal, outra pelo Tibete).

Em 2006, Niclevicz escalou as duas maiores montanhas do Ártico, situadas na Groelândia, bem como as três maiores montanhas da Nova Zelândia, conquistas inéditas para um brasileiro. Também em 2006, chegou ao alto da maior montanha da Austrália e escalou o Totem Pole, na Tasmânia.

Em 2007, Niclevicz tentou escalar o Makalu (8.463m), situado ao lado do Everest, mas o mau tempo não permitiu. Foi feita então uma nova investida em 2008, quando finalmente a Bandeira Brasileira tremulou pela primeira vez no alto desta que é a 5ª maior montanha do mundo.

Em dezembro de 2008, Niclevicz escalou as maiores montanhas do México, e, em janeiro de 2009, as maiores montanhas da América Central, situadas na Guatemala e na Costa Rica.

Em julho e agosto de 2009, Niclevicz tornou-se o primeiro brasileiro a escalar o Lenin (7.134m) e o Khan Tengri (7.010m), montanhas situadas respectivamente nas cordilheiras do Pamir e do Tien Shan, na Ásia Central.

Em fevereiro de 2011, Niclevicz chefiou uma competente equipe que acabou tornando o Brasil o primeiro pais das Américas a escalar o Salto Angel, a mais alta cachoeira do mundo, com 979m de altura, situada na Venezuela. Também em 2011, escalou doze montanhas nas Dolomitas, um dos berços mundiais da escalada em rocha, o Monte Rosa (a segunda maior montanha dos Alpes) e repetiu em solitário a escalada do Mont Blanc.

Em dezembro de 2012 Niclevicz retomou com recursos próprios a execução do Projeto Mundo Andino, realizando até 2017 mais oito expedições na Argentina, Chile, Equador e Peru.

Em 2014 torna-se o primeiro brasileiro a escalar o Ausangate (6.372m), a maior montanha dos arredores de Cusco, Peru.

Em janeiro de 2015 torna-se o primeiro brasileiro a escalar a segunda maior montanha da Patagônia, o difícil San Lorenzo (3.706m), no Chile. Em agosto do mesmo ano, escala diversas montanhas na Itália e na Suíça, além do Grossglockner (3.798m), a maior montanha da Áustria.

Em janeiro de 2016, Niclevicz escalou o Fitz Roy (3.405m), uma das montanhas mais famosas do mundo, na Patagônia Argentina. Em julho do mesmo ano, torna-se o primeiro brasileiro a escalar o Salcantay (6.271m) no Peru, uma das mais difíceis montanhas dos Andes.

Em 2017, torna-se o primeiro brasileiro a escalar o Vulcão Puntiagudo (2.493m) na Patagônia Chilena, famoso pela dificuldade do seu torreão de 400m de altura.

Em abril de 2022 conclui a escalada de todos os "Quatro Mil dos Alpes", um total de 82 montanhas com mais de 4 mil metros de altitude, localizadas na França, Itália e Suíça, tornando o Brasil o primeiro pais não-europeu, bem como o 52º alpinista, a superar este grande desafio.

Com este currículo, Waldemar Niclevicz é considerado o maior alpinista brasileiro de todos os tempos, sendo reconhecido mundialmente como um dos mais completos alpinistas da atualidade. Continuar levando a Bandeira do Brasil ao topo das maiores montanhas do mundo é o seu eterno sonho.

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